Flor de Lis: De que forma surge a ideia de participar num acampamento de escuteiros desta dimensão, de montar um supermercado grande de suporte a 18.500 escuteiros em campo?
Pedro Henriques: Um dos nossos lemas a nível nacional é a proximidade, (…) se conseguirmos aliar um dos nossos focos, que é chegar perto do público-jovem – que cada vez se torna mais difícil – (…) esta é sem dúvida uma das melhores formas, se não a melhor. Conseguir chegar de uma forma diferente a um evento com elevada expressão a nível nacional, porque tem jovens de todo o país e não só, e com isso aliarmos a nossa marca, é sem dúvida uma mais valia.
Acrescentar apenas que de facto esta presença também surge da própria necessidade que o CNE tem para a realização da própria atividade, e daquilo que é o contacto com as nossas lojas. Esta proximidade não é apenas do ponto de vista da proximidade com o consumidor, mas também do nosso ponto de venda, dos nossos aderentes, dos proprietários, das nossas lojas com as próprias comunidades. Tendo o ACANAC este território aqui junto da nossa loja de Idanha-a-Nova, surge a iniciativa de este ano estarmos aqui, não só pelo histórico que já existe de edições anteriores, mas também pelo facto de nós vermos esta atividade como um potencial importante para a marca.
Flor de Lis: Em termos de marketing, já falaram que será uma boa aposta para a insígnia do Intermarché estar presente neste tipo de eventos. Estas ações reforçam ou alavancam a vossa presença no mercado?
Pedro Henriques: Sim, sem dúvida (…) uma aposta, diria eu, ganha logo à partida. (…) Nós temos uma distribuição de 260 lojas no país, estamos presentes no mercado há mais de 30 anos, e essas lojas certamente já poderão ser o ponto de consumo de algumas das pessoas que estão aqui, alguns destes jovens. É um público que nos interessa, que interessa a todas as marcas que obviamente pensam na sua perpetuidade, tal como nós, e o facto de estarmos próximos desses jovens, que poderão ser já nossos consumidores, mas sobretudo por aqueles que não são, que poderão não ter tido ainda experiência com a nossa marca IM e com os nossos produtos “Por Si”, (…) que são produtos que são comprovadamente os mais baratos do mercado, e reconhecidamente também são produtos de elevada qualidade. Acho que conseguimos do ponto de vista de marca atacar dois territórios que são fundamentais para nós no dia a dia e naquilo que é a estratégia da empresa.
Flor de Lis: Neste acampamento a presença de um supermercado faz com que os jovens ganhem mais independência e mais responsabilidade nas compras. Acredita que o Escutismo, aliado a esta vertente de criar jovens mais preparados para o futuro, é vantajoso?
Pedro Henriques: Acreditámos desde a primeira hora, e por isso quisemos estar presentes aqui. (…) Estamos de corpo alma, se assim se pode dizer, presentes no ACANAC. (…) Essa mais-valia, esse poder de transmitir valores, ou esses potenciais valores, para as futuras gerações e para os preparar melhor, faz-nos ter a convicção que estamos a fazer uma aposta certa. Juntar a nossa marca a isso para nós sem dúvida uma mais-valia.
Flor de Lis: Portanto estes valores identificam-se com os valores da vossa marca.
Pedro Henriques: Sem dúvida.
Flor de Lis: Tem alguma mensagem que gostaria de deixar aos Escuteiros deste acampamento?
Pedro Henriques: Nós temos muito mais mensagens a retirar daquilo que é a ação do Escutismo em Portugal e no resto do mundo, mas do Escutismo Português, do que propriamente uma mensagem que nós possamos ter para dar. Efetivamente a única mensagem que eu acho relevante dar, é que do lado do Intermarché, do lado nomeadamente da nossa marca “Por Si”, (…) é que somos uma marca que tem a responsabilidade e a preocupação de seguir os mesmos valores que também os escuteiros seguem, seja do ponto de vista da sustentabilidade ou da solidariedade. Partilhamos do mesmo tipo de princípios e por essa mesma razão é que nos associámos este ano ao ACANAC. Temos aqui dois espaços, porque fazia sentido, todo o sentido para nós.
Flor de Lis: Será de facto uma parceria a manter de futuro?
Pedro Henriques: Sim, sem dúvida.
